terça-feira, 27 de março de 2012

Critica Social...

Em 1877, Eça preparou uma série de novelas com as quais faria uma análise crítica da sociedade portuguesa de seu tempo, com a designação genérica de Cenas Portuguesas. Mesmo sem obedecer com rigor ao próprio projeto, muitas obras escritas pelo autor até o fim da vida nasceram dessa motivação. Seus primeiros romances, O Crime do Padre Amaro e O Primo Basílio, são marcados pelo naturalismo, que enfatiza o determinismo social para explicar a trajetória dos personagens. A partir de Os Maias (1888), suas obras se afastam da estética naturalista. O narrador passa a ser mais complexo do que nos primeiros livros, pois, em vez de simplesmente relatar os fatos e pensamentos de forma objetiva, penetra na consciência dos personagens. Isso é inovador para os padrões do realismo da época. As últimas obras de Eça, como A Ilustre Casa de Ramires e A Cidade e as Serras, manifestam um desencanto com o mundo moderno e um desejo de retorno às origens. Sua produção mais crítica em relação a Portugal é a das décadas de 1870 e 1880. Considerado um dos grandes escritores portugueses de todos os tempos, Eça viveu mais da metade da vida fora do país natal, sem nunca deixar de refletir sobre ele

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